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Folha do Jalapão

Força e Superação: Joanilson Luz e Wediley Nunes comemoram a cura do coronavírus

Postado em 09/06/2020

Em meio a tantas notícias tristes em decorrência da Covid-19, a esperança ressurge com os casos de cura e é efusivamente comemorada pelos ex-integrantes do Folha do Jalapão. O medo e a ansiedade estiveram presentes na vida de Joanilson Luz e Wediley Nunes, que relatam como superaram a Covid-19.

Especial: Por Nayla Oliveira

Nesta matéria especial, você vai conhecer a história de duas pessoas que sofreram com a doença e com o isolamento. Apesar de cada uma ter enfrentado a doença em uma situação diferente, elas têm duas coisas em comum: Força e Superação. Agora, curados, mandam uma mensagem de esperança para quem está passando por um momento difícil ou que ainda vai enfrentar a Covid-19.

O coronavírus se tornou um inimigo invisível para o mundo, que tem deixado rastros por onde passa. No momento de dor e desespero pelo qual muitas pessoas passam, buscamos levar uma mensagem de superação, solidariedade e otimismo. Alguns de nós já temos amigos, conhecidos ou familiares que chegaram a ser infectados. Dois ex-colaboradores do Jornal Folha do Jalapão passaram pela experiência da nova doença. Moradores de Palmas, eles superaram a covid-19, e contam como venceram o vírus.

Superação

O espaço em que ele enfrentou o isolamento social foi dividido com a própria esposa, Ana Cirqueira de Castro. “Hoje me sinto mais próximo de Deus. Passamos por uma provação muito grande. Mas vencemos. Eu e minha esposa, a dona Ana, fomos infectados pelo vírus. Medo sim. Mas, juntos cuidamos um do outro! Tanto eu quanto minha esposa fizemos o tratamento em casa, os nossos sintomas foram praticamente iguais”, conta Joanilson Lopes da Luz, de 42 anos, após receber alta no dia 24 de abril e superar a doença.

Joanilson Luz atuou no Jornal Folha do Jalapão como diretor Administrativo por três anos, e hoje é assistente de apoio operacional de uma empresa privada. Ele reitera que teve um aprendizado para toda a vida. Os primeiros sintomas ocorreram no dia 06 de abril, com febre, falta de apetite e tosse, após três dias o quadro evoluiu para perca do olfato e diarreia, e quando retornou ao hospital obteve o resultado positivo do exame.    

“A princípio fiquei assustado, com medo pelo que vemos na mídia, a gente fica preocupado sem saber como vai ficar amanhã, à tarde, como vai estar a noite”.

Apoio

Durante todo o período de isolamento, Joanilson contou com apoio e preocupação de familiares, e amigos como a equipe do Jornal. “Diariamente a gente recebeu ligações da equipe da Folha e de toda nossa família. O mais importante foi ter chegado esse apoio, muita gente sempre ligava para dar força, isso fortaleceu bastante a gente. Os noticiários tivemos que deixar um pouco de lado, esse sim assusta, se não tiver um equilíbrio grande, a gente perde o controle”, lembra.

O isolamento de Joanilson foi um pouco mais longo, pois quando acabava seu período de quarentena a esposa apresentou os sintomas, e devido orientações médicas, ele teve que permanecer em isolamento até a recuperação da esposa. O casal passou o período de recuperação em quartos separados, após semanas de distanciamento, um abraço afetuoso uniu os dois de novo.

Joanilson lembra que nesses 21 dias de isolamento teve momentos difíceis, “a princípio fiquei assustado, com medo pelo que vemos na mídia, a gente fica preocupado sem saber como vai ficar amanhã, à tarde, como vai estar a noite”, descreve.

Joanilson Luz conta que tem a equipe do jornal como membro da minha família, e que sua trajetória profissional foi conquistada com muito respeito e responsabilidade. “Amigos a gente conquista na caminhada da vida, e eu descobri os verdadeiros amigos que tenho, isso nos fortaleceu, nos fez ver que precisávamos ser fortes, pois somos amados por muitos”, enfoca.

“Manter a calma é o primeiro passo, não entrar em desespero e ter Deus acima de tudo”.

Alegria, emoção e solidariedade está estampada no rosto de Joanilson Luz, nosso colega, faz questão, mesmo emocionado em deixar sua mensagem de esperança aos que também passam pela experiência da covid-19.

“Para nós, eu e Ana, foi um aprendizado, estamos aqui, porque Deus colocou suas mãos sobre as nossas vidas. Tenho certeza que Deus vai colocar as mãos sobre sua vida também.  Hoje já tenho de volta meus dois filhos em casa, e continuo tendo contato com minha terceira filha, nossa vida está voltando ao normal”, conta.

“Acima de tudo temos que seguir o protocolo que orientam, usar máscara, ter o máximo de cuidado possível para não levar a pandemia aos familiares. Minha palavra de apoio para quem for infectado pelo vírus é que, manter a calma é o primeiro passo, não entrar em desespero e ter Deus acima de tudo”, conclui.

Vitória contra o vírus

“Eu nasci de novo”. A conquista de uma nova vida também é celebrada por Wediley Nunes, de 35 anos, membro da família e ex-integrante da equipe da Folha, na empresa ele atuou em várias funções, se afastou para atuar no Estado.

“No meu trabalho não tem nenhum caso, me protegia 24 horas, tanto em casa quanto no trabalho, pois sabia que estava no grupo de risco”.

Para Wediley Nunes o dia 22 de maio vai ficar marcado eternamente em sua vida. O susto veio acompanhado de medo, tristeza e isolamento. Ele chegou a ser hospitalizado após uma breve crise de falta de ar.

Os primeiros sintomas foram manifestados antes da chegada do resultado do teste.  Dores nas costas, corpo quente, pressão alta, tosse, acompanhada de falta de ar, manteve nosso colega 15 dias em isolamento

“Tomei um susto quando vi que meu teste era positivo. É apavorante. Não é brincadeira. Muita gente acha que é lenda, que é história em quadrinho. Acham que nunca vão ser infectados. Muitos pagam pra ver. No meu trabalho não tem nenhum caso, me protegia 24 horas, tanto em casa quanto no trabalho, pois sabia que estava no grupo de risco”, explica Wediley.

Superar

“A gente sofreu um pouco. Preocupação não teve tamanho. Minha esposa está grávida”, emociona. “Graças a Deus eu tive apoio dos familiares, isso foi fundamental para que o desespero não tomasse conta. A família Folha do Jalapão esteve comigo todos os dias. Recebi esse apoio da equipe, que me procurava, mandava mensagem diariamente. Muito importante, pois quanto mais uma pessoa dá o apoio a gente acredita que vai melhorar”, lembra.

Wediley que também é casado com uma enfermeira, teve o privilégio de contar com acompanhamento médico e psicológico diariamente. “Um dia me desesperei. Quando passei mal e fui levado para o hospital. Foi bem preocupante. A gente nunca imagina que pode ser com a gente. É uma situação desesperadora. Você   ficar sozinho 15 dias trancado dentro de um quarto e pensar que a qualquer momento pode morrer, lhe leva ao desespero. Eu nasci de novo.  Foram 15 dias de isolamento até a confirmação dos médicos de que eu não transmitia mais o vírus. Estou de volta ao trabalho. Voltei a viver”, conta.

“O coronavírus tem cura, eu estou curado, mas não vale a pena correr o risco”.

A cura

Wediley recebeu alta no início de junho e não esconde a alegria de levar a esposa e filhos para fazer o segundo teste que veio com resultado negativo.  “A gente quando chega a passar uma situação dessa, reflete sobre a vida. A gente aprende a gostar mais. Triste em pensar que muitos não tiveram a mesma sorte que tive. Agradeço muito a Deus por tudo. Também agradeço a todos os profissionais que cuidaram de mim, a minha esposa que a cada segundo, mesmo não estando dentro daquele quarto, estava presente comigo e a todos que torceram pela minha recuperação”, ressalta.

 “Hoje, estou bem. Apreensivo e triste ainda. Abala muito o emocional da gente ver o mundo passando por isso”.

Ter recuperado da Covid-19, faz com que Wediley reforce a importância de ter esperança. “Basta ter fé em Deus. Mas, alerto para que as pessoas fiquem em casa. O coronavírus tem cura, eu estou curado, mas não vale a pena correr o risco. Milhares de pessoas em nosso Estado estão infectadas e eu sobrevivi”, compara Wediley, que espera que a epidemia acabe logo.

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