Naturatins fortalece agricultura familiar com produção de mudas nativas do Cerrado

Desenvolvida pela equipe da APA Serra do Lajeado, iniciativa busca promover a produção em viveiro de espécies como baru, jatobá, mangaba, caju, cagaita e ipês de variadas cores

Com a chegada do período chuvoso, os brigadistas da Área de Proteção Ambiental Serra do Lajeado (APASL), gerida pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), intensificam esforços para reativar o viveiro da Unidade de Conservação (UC), com foco na produção de mudas de espécies nativas do Cerrado. A iniciativa tem como objetivos a recuperação ambiental, a oferta de alimento para a fauna local e o fortalecimento da agricultura familiar por meio de alternativas sustentáveis.

O trabalho teve início com a coleta de sementes de espécies frutíferas e floríferas típicas do Cerrado, como baru, jatobá, mangaba, caju, cagaita e ipês de variadas cores. Essas espécies são valorizadas tanto por sua importância ecológica quanto pelo potencial econômico, sendo apreciadas pela fauna e com aproveitamento na agricultura familiar. “Além de fornecer alimento para os animais silvestres da região, essas espécies também desempenham um papel fundamental na preservação da biodiversidade e no fortalecimento da economia local”, destaca a supervisora da APA Serra do Lajeado, Camila Muniz.

Incentivo ao pequeno produtor

Um dos pilares da ação é a produção de espécies com interesse comercial, utilizando técnicas como enxertia e estaquia. A intenção é fortalecer a renda dos pequenos produtores dentro da APA, incentivando o cultivo de árvores nativas com valor agregado.

“Nosso objetivo é promover a aproximação entre o produtor e o Naturatins e mostrar que é possível viver do campo, mesmo em áreas pequenas, respeitando as restrições ambientais. Queremos que a UC seja uma parceira no fortalecimento das alternativas de renda e no estímulo ao uso sustentável dos recursos do Cerrado”, destaca a supervisora Camila Muniz.

Estrutura do viveiro

A estrutura do viveiro está em fase final de instalação e contará com capacidade anual para produzir cerca de 25 mil mudas. Os equipamentos e materiais necessários foram adquiridos por meio de um projeto que converteu multas ambientais em recursos para a conservação.

Segundo Camila Muniz, a expectativa é de que o viveiro esteja operacional em breve. Com isso, a APASL reforça seu compromisso com a recuperação ambiental, a preservação do Cerrado e a geração de oportunidades para as comunidades locais. “A ação representa o nosso compromisso com a gestão sustentável das áreas protegidas e do engajamento comunitário para a preservação do bioma Cerrado, garantindo benefícios ambientais, sociais e econômicos para a região”, conclui a supervisora.

Fonte: Naturatins