FOLHA DO JALAPÃO 25 ANOS:  A professora Maria Milhomem fez história na Educação e inspira força e coragem

Em uma série de reportagens sobre mulheres que fizeram história em Aparecida, a Folha do Jalapão destaca a trajetória do Jornal, que celebra 25 anos de atuação, se consolidando como veículo de comunicação regional. A primeira personalidade feminina é dona Maria Milhomem, mulher que dedicou a vida à educação e à família

O Município de Aparecida do Rio Negro é repleto de personagens que deram suas vidas por um propósito. Em diversas áreas de atuação, especialmente as personalidades femininas se destacaram, seja profissionalmente, em suas famílias, nos lares ou na comunidade. No mês de maio, o jornal Folha do Jalapão celebra 25 anos de existência, e em paralelo a essa história, trajetórias de vida foram se construindo em Aparecida, colaborando também com toda a cidade.

A partir deste mês destacaremos histórias de mulheres que construíram um legado, e até hoje se mantêm sendo alicerces sólidos no Município que é sede do Jornal. Aparecidenses que ajudaram, com determinação e coragem, a edificar famílias, e foram a base para a cidade que temos hoje. As mulheres foram homenageadas pela Câmara Municipal em uma Sessão Solene, momento em que o reconhecimento da comunidade foi prestado.

Coragem e determinação

A primeira aparecidense a passar pelas páginas da história desta série de reportagens é dona Maria Barbosa Milhomem, 76 anos, uma mulher que dedicou sua vida à educação e ao desenvolvimento de Aparecida do Rio Negro. Natural de Tocantínia, dona Maria Milhomem chegou em Aparecida do Rio Negro em 1971, quando foi convidada para lecionar na 4ª série da rede estadual de ensino. Desde aquele momento, Aparecida passou a ser sua casa, e a cidade, por sua vez, a acolheu com carinho e respeito, tornando-a uma verdadeira referência no campo educacional.

Com uma carreira de dedicação e amor pela educação, dona Maria foi professora e diretora da Escola Estadual Meira Matos, e sua trajetória ainda a levou ao cargo de secretária Municipal de Educação nas gestões dos ex-prefeitos Sebastião Pinheiro e José Martins, onde desempenhou um papel de destaque.

Família como alicerce

Mãe de Rogério, Keila, Leila e Roberto Barbosa, e casada com o pioneiro, senhor José Homar, dona Maria considera sua família o alicerce de sua vida. Para ela, a educação sempre foi um dos maiores legados que poderia deixar para o município e, por isso, ela nunca se afastou do seu propósito, mesmo após sua aposentadoria. Sua paixão pela profissão foi tão grande que, mesmo depois de encerrar sua carreira oficial, ela retornou a tarefa, contribuindo mais uma vez para o desenvolvimento educacional de Aparecida.

Quando questionada sobre o que a educação representava em sua vida, dona Maria não esconde a emoção ao responder: “A educação me deu tudo. A minha vinda para Aparecida, a minha estabilidade, a minha família. Tudo o que conquistei foi através da educação. A educação me trouxe para Aparecida e aqui eu mudei minha vida, construí minha família e conquistei meus amigos”.

Além de sua grande contribuição para o ensino, dona Maria também reflete com orgulho sobre a posição da mulher na sociedade. Em sua visão, a luta por direitos, deveres e respeito foi essencial para que ela alcançasse o reconhecimento que hoje tem em sua comunidade. Para ela, ser uma mulher amada, respeitada e reconhecida é uma das maiores conquistas da sua trajetória de vida. “Agradeço a Deus por saber que minha contribuição ficará registrada na história de Aparecida”, afirma.

Reconhecimento

A homenagem que Dona Maria recebeu da Câmara Municipal, especialmente do vereador Rhay Santos, foi um momento de grande emoção para ela. Ao receber a equipe do cerimonial em sua casa, dona Maria não escondeu a alegria ao ser lembrada, especialmente após a aposentadoria, quando muitas vezes se sente esquecida pela população e pelas autoridades. Esse gesto a encheu de gratidão, pois como ela mesma disse, com um sorriso no rosto: “Aparecida do Rio Negro é minha terra!”.

Na sessão, ela falou sobre o orgulho em receber o reconhecimento. “Todas as mulheres que como eu, enfrentam desafios e superam barreiras em busca de seus sonhos e direitos, merecem ser homenageadas. Que lutam por igualdade, e que com coragem e confiança, fazem a diferença na vida de outras pessoas”, agradeceu.

A história de Dona Maria Milhomem é, sem dúvida, um exemplo de dedicação, amor pela educação e, acima de tudo, de compromisso com a comunidade.