Cerca de 10 mil trabalhadores perderam o emprego em junho no Tocantins, aponta IBGE
Postado em 27/07/2020
Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílio também indica que 53,8% dos domicílios no estado receberam alguns auxílio relacionado à pandemia.
Cerca de 10 mil trabalhadores do Tocantins ficaram desempregadas no mês de junho. É o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 mensal. Esse número representa um aumento de 15,3% na quantidade de pessoas que perderam seus postos de trabalho.
Ainda conforme o levantamento, 53,8% do total de domicílios receberam algum auxílio relacionado à pandemia, como o auxílio emergencial e o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda. Em maio, esse número era de 50,2%.
Em relação ao mercado de trabalho, dos 605 mil tocantinenses de 14 anos ou mais que estavam ocupados em junho, cerca de 90 mil estavam afastados do trabalho e, entre estes, 34 mil deixaram de receber remuneração, o equivalente a 38,2%. Em maio, este percentual era maior e chegou a 44%.
O levantamento apontou também que das 90 mil pessoas que estavam afastadas do trabalho, 74 mil tinham como justificativa o distanciamento social. As demais estavam afastadas por motivo de doença, licença maternidade, férias, qualificação, entre outros. Em maio, o número de pessoas afastadas era maior, 114 mil.
Das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho, 34 mil trabalhavam de forma remota, o modelo adotado por várias empresas e órgãos públicos para manter a produtividade, evitando o contato físico entre os funcionários.
De acordo com a pesquisa, de maio para junho aumentou no Tocantins, de 38,2% para 42,6%, o percentual de pessoas que não estavam inseridas no mercado, mas que gostariam de trabalhar apesar de não terem procurado emprego.
Cresceu também o contingente daqueles que alegaram a pandemia ou a falta de trabalho na localidade como principal motivo para não buscar uma ocupação, passando de 25,6% para 27%.
Em junho, 3,5% ou 18 mil dos tocantinenses ocupados trabalharam menos do que a sua jornada habitual. Enquanto isso, cerca de 122 mil pessoas trabalharam acima da média normalmente realizada (23,7%). Já a média semanal de horas efetivamente trabalhadas (31h) no Tocantins ficou abaixo da média habitual (40h).
Em todo o país o percentual de pessoas que ficaram sem trabalhar cresceu 16,6%. Em todas as grandes regiões, houve aumento na desocupação, sendo a maiores variações observadas no Sudeste (18,8%) e Nordeste (18,6%) e a menor no Centro-Oeste (9,1%).