Levantamento mostra perda de faturamento em mais de 90% das empresas tocantinenses

Em relação à nova realidade das pequenas empresas tocantinenses 46,2% já precisaram demitir, e desligaram de um a dois funcionários em média.

A pandemia do novo coronavírus impõem inúmeras restrições a sociedade de maneira geral, bem como submetem os empresários a grandes desafios na buscam da manutenção de suas atividades no Estado do Tocantins.

A análise é da Associação dos Jovens Empresários e Empreendedores do Tocantins (AJEE-TO), que promoveu um levantamento de informações junto a seus associados entre os dias 14 à 23 de abril, e a partir disso identificou os principais problemas enfrentados e estratégias adotadas pelos empresários tocantinenses.

O levantamento feito pela AJEE-TO contou com a contribuição de cerca de 200 empresários de diversos segmentos e em várias cidades do Estado, onde 42,2% eram proprietários de Microempresas (ME), 23,1% são donos de Empresas de Pequeno Porte (EPP) e 13,9% são Microempreendedores Individuais (MEI).

Nova realidade

Sobre a situação das empresas durante o período de pandemia, a pesquisa indicou que:
• 39,3% estão abertas com redução de equipes;
• 28,3% estão em regime home office;
• 19,1% fecharam as portas;
• 11% está funcionando normalmente.

Dentre as estratégias alternativas que foram adotadas:

• 30,6% respondeu que não adotou nenhuma estratégia;
• 26,6 % admitiram o trabalho remoto (home office);
• 19,1% criaram ou terceirizaram o serviço de entrega (delivery).

Os dados mostraram ainda que 8,1% dos entrevistados criaram sites ou adotaram o e-comerce.

Prejuízos e impacto no faturamento

Dos entrevistados 62,4% relataram grandes prejuízos, outros 25,4% tiveram pequenos prejuízos, quando se fala de faturamento e 93,1% dos entrevistados relataram respondeu que houve redução do faturamento durante a quarentena.
O mais preocupante é que desse percentual 57,1% tiveram queda acima de 50% do faturamento médio.

Desemprego

Ainda em relação a nova realidade das pequenas empresas tocantinenses 46,2% já precisaram demitir, e desligaram de um a dois funcionários em média. Desse grupo de empresas que já demitiram, o número total até o fim da pesquisa já era de 190 demitidos. A pesquisa também mostrou que 92,5% dos entrevistados acreditam que a retomada das atividades com os devidos cuidados poderá amenizar os prejuízos econômicos.

“Diante desse resultado continuaremos buscando o diálogo tanto com os associados, quanto com a gestão municipal e estadual para sugerir formas de diminuir os impactos econômicos, também iremos buscar parceiros estratégicos para apoiar as empresas na busca por alternativas de crédito e remodelagem do negócio neste momento tão difícil”, explicou o presidente da AJEE-TO, Renan Macedo.