Lula reage a ameaças tarifárias dos EUA e diz que “ninguém está acima da lei”

por Jornal Folha do Jalapao — 18/07/2025 às 09:28 — em Destaques, Geral

Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV nesta quinta-feira (17), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil responderá com diplomacia e diálogo às ameaças do governo Donald Trump de impor tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros. Lula classificou a medida como uma “chantagem inaceitável” e destacou que o país “não aceitará ataques à democracia, à economia e à soberania nacional”.

Sem citar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula mencionou “discursos de ódio e anticiência” que estariam sendo usados por líderes estrangeiros como justificativa para sanções. O presidente também reforçou o compromisso com a liberdade dos Poderes e o respeito ao Judiciário. “No Brasil, ninguém está acima da lei”, afirmou.

Segundo Lula, o governo brasileiro enviou proposta de negociação aos Estados Unidos ainda em maio, após a primeira rodada de tarifas de 10%. No entanto, segundo ele, o retorno americano veio em forma de “ameaças com base em informações falsas sobre o comércio bilateral”.

Apoio interno e reação internacional

O presidente condenou o apoio de setores políticos brasileiros às sanções norte-americanas. “São traidores da pátria. Apostam no caos e ignoram os danos causados ao povo”, disse. Lula também defendeu a regulação das big techs, citadas como um dos motivos do tarifaço, e reafirmou que empresas digitais estrangeiras devem respeitar a legislação nacional.

Lula saiu em defesa do Pix, criticado por Trump, e o classificou como “patrimônio do povo brasileiro”. Rebateu ainda as acusações de práticas comerciais desleais e citou que os EUA têm superávit comercial de mais de US$ 400 bilhões com o Brasil nos últimos 15 anos.

Defesa do meio ambiente e multilateralismo

O presidente também citou a redução de 50% no desmatamento da Amazônia desde o início de seu governo, como resposta às críticas ambientais. Ele reafirmou o compromisso com a neutralidade de carbono até 2030 e destacou que o país aposta no multilateralismo, não em confrontos comerciais.

“Não há vencedores em guerras tarifárias. Somos um país de paz. Mas o Brasil tem um único dono: o povo brasileiro”, concluiu.

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