Modernização na gestão da alimentação escolar de Palmas tem repercussão positiva

por Jornal Folha do Jalapao — 18/11/2025 às 11:44 — em Cidades

Lei nº 3.297 foi aprovada na última semana na Câmara Municipal e garante mais eficiência na compra e variedade no cardápio

A eficiência na aquisição, no armazenamento e na variedade da distribuição dos alimentos tem aumentado a aceitação da merenda por parte dos alunos da rede municipal. O avanço é resultado do novo modelo de gestão da alimentação escolar e dos recursos destinados às unidades educacionais da Capital, normatizado pela Lei nº 3.297, aprovada na última semana na Câmara Municipal de Palmas.

Atuando como merendeira na Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Eurídice de Mello (Jardim Aureny III) há mais de um ano, Marilene Nunes Cardoso relata que a diferença é percebida diariamente na cozinha, principalmente no preparo de grandes quantidades de alimentos. “Aqui cozinhamos para mais de mil alunos por dia, portanto quando usamos produtos de boa qualidade, como a carne que tem chegado bem macia, facilita bastante o preparo e diminui o tempo de cozinhar. Isso dá uma motivação maior para nós que estamos na cozinha. Mexer com produtos bons faz toda a diferença”, revela.

A merendeira conta ainda como o aumento da oferta de frutas, verduras e legumes tem impactado diretamente na aceitação dos pratos pelas crianças. “Agora temos mais frutas no cardápio, como melancia, melão, abacaxi e outras, o que traz variedade e deixa a merenda ainda melhor. As crianças estão comendo mais e muitas vezes pedem para repetir. Hoje estamos trabalhando com produtos de qualidade, o que facilita o nosso trabalho e contribui para uma alimentação mais saudável e atrativa para os alunos”, afirma.

Assim como Marilene, Ivonete Rodrigo de Araújo, que atua na panificação escolar, também percebe uma ampliação significativa de opções. “Com essas mudanças e com produtos de melhor qualidade, dá pra perceber que as crianças estão comendo mais. Quando elas veem variedade, já chegam perguntando animadas: ‘Tia, o que tem hoje?’ E quase não tem sobras. Para nós, da cozinha, também faz muita diferença. É muito gratificante ver que aquilo que a gente prepara está sendo bem aceito pelos alunos. Isso motiva a equipe e faz o trabalho valer a pena”, destaca.

Aprovação dos Alunos
A satisfação também é percebida diretamente entre os estudantes. Sara Oliveira Lima, de 6 anos, aluna do primeiro ano, fala que aguarda com expectativa o horário da merenda. “Eu gosto muito de estudar aqui e sempre fico ansiosa para ver qual vai ser a merenda do dia. O que eu mais gosto é o bolo de chocolate sem cobertura. No almoço, eu gosto quando tem frutas, porque fica mais gostoso. Quando chego em casa, conto tudo para minha mãe e ela me dá parabéns”, diz sorrindo.

Servidora da rede há mais de 15 anos e coordenadora de apoio, Edilma Silva de Oliveira reforça que a transição para o novo modelo foi desafiadora no início, mas positiva em todos os aspectos. “No começo tivemos alguns ajustes, como questões de entrega e falta de freezers adequados para armazenar a quantidade de produtos, principalmente as carnes. Mas fomos nos organizando e hoje o funcionamento está bem tranquilo. Somos orientados a não receber itens fora do padrão, o que demonstra cuidado e responsabilidade com o alimento que vai para os alunos. Melhorou muito”, avalia.

Da horta direto para a escola
A produtora rural Janaína Evangelista da Silva, que há 22 anos atua no cultivo de hortaliças, celebra a satisfação de poder alimentar crianças da rede pública por meio do fornecimento para a merenda escolar, atividade que desempenha há um ano através da Associação dos agricultores familiares e Agroindustriais de Palmas (Agrop). Ela e o marido Carlos de Carvalho também comercializam na Feira da 304 Sul e em Miracema, mas o fornecimento para a merenda escolar tem despertado o interesse em expandir a produção.

“Para mim, é muito gratificante saber que aquilo que eu planto com tanto carinho chega até as crianças e ajuda na alimentação delas. No período de chuvas a produção diminui, e na seca aumenta a concorrência, então vender para as escolas é uma segurança para nós, uma renda certa. Minha expectativa agora é ampliar a produção no próximo ano, porque é um orgulho enorme saber que nosso trabalho está alimentando pessoas”, ressalta.

Fonte: Secom-TO

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