Temporada do Caju no Tocantins: Ouro do Cerrado que resiste e encanta

por Jornal Folha do Jalapao — 14/10/2025 às 12:53 — em Destaques, Geral

Um dos frutos mais apreciados do cerrado, o caju é matéria-prima do delicioso doce, suco com sabor inigualável, e ainda é fonte de alegria e de renda para as famílias do Jalapão

No coração pulsante do Tocantins, onde o sol beija o horizonte com intensidade dourada, vive-se a mais doce e vibrante estação: a temporada do caju. É o tempo em que os cajueiros, guardiões silvestres do Cerrado, vestem-se de flores delicadas que se transformam em frutos, que carregam a resistência da natureza e a esperança das mãos que os colhem. No Jalapão, terra de vastas paisagens e águas cristalinas, o caju floresce em profusão.

Entre as veredas, os campos e os quintais, os pés se curvam sob o peso generoso dos frutos amarelos, laranja-queimado e vermelho vivo, como pequenas joias a brilhar sob o céu azul. Originário desse bioma que abraça o cerrado, o caju é testemunha da força da vida, capaz de sobreviver a secas intensas e de armazenar a essência das chuvas em suas veias, garantindo sua produção mesmo quando a terra parece silenciar.

Cultura

O caju é símbolo de resistência, de cultura e de sustento. Nas casas tocantinenses, o aroma do doce de caju convida a um mergulho em tradições que encantam os paladares mais exigentes. O suco, fresco e revigorante, corre como rio nas manhãs quentes, enquanto a polpa, guardada no congelador, preserva o sabor do verão para os dias frios ou as festas familiares. Cada gole é um reencontro com a terra, com o cerrado, com a história que se refaz a cada safra.

Geração de renda

A importância do caju para a economia local é tão vasta quanto o sabor. Em feiras espalhadas pelas cidades e povoados do Tocantins, o caju é moeda de troca e esperança. As famílias que cultivam o fruto e colhem suas castanhas encontram nele uma fonte de renda e dignidade. A castanha do caju, com seu valor nutricional excepcional – rica em gorduras boas, proteínas e minerais, é também um tesouro apreciado que ultrapassa fronteiras, levando o Cerrado para mesas de todo o Brasil e do mundo.

Quem cresceu no cerrado sabe a alegria simples e pura de catar caju direto do pé, sentindo a textura macia do fruto, o aroma doce que invade o ar, o sabor único que parece abraçar a alma. Cada caju é um convite para celebrar a natureza, para partilhar histórias, para preservar uma cultura que respeita e ama a terra que alimenta.

Além do suco e do doce, o caju transforma-se em receitas infinitas, como compotas, vinhos, geleias, molhos e até pratos salgados que carregam o tempero do Jalapão. Essa diversidade mostra a riqueza cultural e a criatividade que brotam do Cerrado, alimentando não só o corpo, mas também o espírito.

O caju, com sua resistência e sabor inigualável representa a vida que insiste, que floresce e que nos lembra da força do Cerrado, do Tocantins e de seu povo. Celebrar o caju é celebrar a união entre a natureza e o homem, entre o passado e o presente, entre a terra e o alimento que nos sustenta.

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